domingo, 27 de maio de 2012

PRAIA DO ROSA


Passamos o dia na Praia do Rosa, a Cat, a Pri e eu. Ficamos muito em dúvida se montaríamos nosso QG no Rosa Norte ou Rosa Sul, cantos opostos, ondas outras. Pedimos informações para o rapazinho da vendinha onde paramos para comprar protetores solares e, sem tirar o olho dos peitos da Cat, ele gaguejou que o swell estava rolando no Sul. Como agradecimento pela dica, a safadinha da Cat fingiu arrumar o biquíni e deixou transparecer o bico delicioso do seio. O rapaz ficou feito estátua, hipnotizado, segurando nossas compras. “Es-tá-tá-tá aqui”, nos entregou. Tinha um sotaque ligeirinho e me deu vontade de adotá-lo por uma noite, só pra ver se era rápido também noutros quesitos. Mas a noite estava longe, melhor focar no dia que estava apenas começando.


Nem 10h da manhã e a praia já cheia. Difícil encontrar um pico legal para estendermos as cangas - um lugar que ficasse afastado do burburinho, mas com ampla vista do mar e amplamente à vista da elevada varanda do bar do Pirata, com suas mesas repletas de possibilidades. Nós três com uma bruta vontade de almoçar surfistas, mas estendemos a farra de ontem mais do que o previsto e acabamos nos atrasando para a pescaria: àquela hora tardia os peixões saudáveis e mais interessantes já tinham encerrado a caída e só voltariam no fim da tarde. Felizmente alguns deles ficaram por ali, circulando do bar para a areia, da areia para o mar, do mar para as nossas redes.

Achamos um pedaço ideal, nem tão isolado, nem tão promíscuo. Eu sei que corpos malhados e definidos, sobretudo femininos com cinturinhas finas e ancas largas, bundas durinhas e coxas firmes, barriguinhas lisinhas e seios volumosos, peles bronzeadas e longos cabelos brilhantes chamam a atenção, principalmente quando essas qualidades se encontram em uma só mulher. Imagine em três! Sem modéstia, éramos um trio de sereias esparramadas na praia, a Catarina loiríssima, a Priscila morena e eu numa versão castanho claro. Em vez de cantar, sorríamos em todas as direções da Rosa dos Ventos. Em vez de marujos, surfistas se afogavam de tesão, inebriados nas manobras radicais que nossas curvas convidativas traçavam na areia.

O primeiro a se aproximar chamava-se Charles. Era carioca e estava com um grupo animado de maravilhosos a poucos metros da gente. Jogavam futevôlei e, olha só, a bola sem querer veio para o nosso lado. Rimos. A Pri levantou e, num passe profissional, mandou a bola de volta. Aproveitou para tirar a areia da panturrilha, dando aquela arrebitada básica no traseiro voltado inteirinho para eles, arrumou o biquíni, mexeu no cabelo. De óculos escuros, eu e a Cat apreciávamos o efeito mágico causado na cariocada. Eles quicavam feito gotas d´água em panela de óleo fervente. Começaram a se cutucar e rir ansiosos, e tudo o que conseguíamos escutar era algo como: “Mérrrmão!!”.

Não demorou muito, a bola estava novamente do nosso lado. Dessa vez foi a Cat quem devolveu e aproveitou para me pedir para passar protetor nela. Com prazer e um sorrisinho malicioso, entendi a deliciosa ideia da minha amiga. Comecei a passar em suas costas, espalhando bem. Pedi para ela levantar o cabelo e esfreguei e massageei o seu pescoço. Encostei meus peitos. Ela deu uma amolecida e um sorriso de quem estava gostando. Coloquei mais creme nas mãos. Num impulso, enlacei-a por trás e comecei a apalpar seus seios gostosos, sob o biquíni. Sim, sim, ali mesmo, no meio da praia. Foi irresistível. Você acha ousado porque nunca teve a chance de agarrar os seios da Cat. Eles são durinhos e macios ao mesmo tempo, têm bicos pontudos e tesudos de ficar apertando e são como ímãs, grudam na mão da gente num encaixe perfeito e, ah, como ela goza. “Mérrrmão!! Mérrrmão!!”, ouvi. Mas não era a Cat gozando. Eram nossos amigos cariocas.

Três deles vieram rapidinho buscar a terceira bola que caiu em nosso território. Era quase um séquito de beldades a nos cortejar. A Pri confiscou a pelota e disse com a perturbadora voz rouca que só ela possui, que só devolvia se dois deles passassem bronzeador nela. Os caras não acreditaram: “Mérrrmão!!”. Mas os olhos verdes da Pri estavam falando seríssimo. Estendeu o bronzeador e foi uma cena hilária: os três pularam em cima da embalagem, se engalfinhando como gladiadores. Homens odeiam passar filtro solar em si mesmos, mas adoram esfregar o que quer que seja no corpo de uma mulher. E é claro que capitalizamos essa informação a nosso favor.

No meio do esfrega-esfrega - você tem dúvida de que a coisa toda virou uma grande pseudo suruba? - alguém sugeriu entrarmos na água. Volumes pra lá de impressionantes pressionavam sungas, a calcinha do meu biquíni roçava minhas vontades e atiçava meu incontrolável tesão: estava louca para ser preenchida logo por um daqueles grossos falos quentes, um daqueles ferros em brasa que ali, sem pudores, num arroubo de volúpia entre uma esfregada de creme e uma dedada mais ousada, eu tive o despeito de apertar.

Caímos todos na água. Amarrei a minha parte de baixo na parte de cima, pra facilitar. A Pri e a Cat fizeram o mesmo. O bom dessa vida é a diversidade do ecossistema. Nunca tinha visto braços-polvo e bocas-ventosas e barbas-escamas e ferrões-fálicos e línguas-esponjas, tudo assim, tão de pertinho. Nunca tinha visto cavalos-marinhos tão gostosos de cavalgar.

Nenhum comentário: